Um livro que todos precisam ler

As palavras. Elas podem carregar a doçura e amargor da nossa espécie.
Antes de falar sobre a "A Menina que Roubava Livros" , de  Markus Susak, vou contar sobre a minha relação com as palavras. 
Quando eu tinha 7 anos eu aprendi a ler. O mundo passou a ser um ambiente de leitura: Outdoors, livros, revistas, placas, tudo era para ser lido. Eu amo bibliotecas desde essa idade. E amo livros. 

Quando minha filha concluiu o 1º ano do ensino fundamental eu me lembro de ter chorado, chorado muito, agradecendo à sua professora por ter dado aquele presente a minha filha. Ela aprendera a ler e agora todo mundo era dela. Ela pode viajar, passear por entre mundos e servir-se de companhia sempre quer quiser. A mais nova não apenas lê, escreve. Eu nunca vi alguém mais capaz de inventar uma história como a minha pequena.
Dito isso, vamos à menina que roubava livros:



A História é contada pela morte, que narra seus encontros com a menina Liesel.
 Para Liesel, os livros, palavras, representam muita coisa. Ela não sabe ler. Mas rouba um livro.
 Na Alemanha nazista o lugar mais seguro para filha de Kommunist é o interior, protegida por um casal como Hans e Rosa Hubermann. Um casal simples, ela uma Frau nervosa, desbocada e à primeira vista nada amorosa. Ele um pintor que toca acordeão.
Perder a família não é fácil, perder as referências de casa, de lar. 
É por tudo isso que a menina passa. E o que a auxilia, o que a liberta e aprisiona, são as palavras.
A narrativa é ótima. A história é ótima.
Como estudante de pedagogia acredito que todo pedagogo deve ler.  
Lembro de um garotinho com dificuldade de leitura. A mãe o pegou na igreja rezando a Deus para aprender a ler, com um fervor incrível. É disso que estou falando. Uma criança de 9 anos que valoriza as palavras, as palavras que não compreende, mas admira.
Quantas vezes é só através da literatura que nos libertamos do que nos fustiga. Quantas vezes é na escrita que está o nosso alívio?

POR FAVOR, LEIAM ESSE LIVRO! E as lágrimas vão bater em vocês como bateram em mim. São tantos os sorrisos molhados nesse livro que você quer ser uma pessoa como essas: Boa, com defeitos mil, com um coração maravilhoso. 

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